Notícias recentes deram conta de que
a economia cresceu ligeiramente no primeiro semestre de 2016, mas menos do que
o esperado, que o desemprego diminuiu e que o défice não aumentou e se manterá
abaixo dos 3%. O actual primeiro ministro reforça esta crença e mostra-se muito
optimista.
Para mim, tudo isto é uma grande
aldrabice, uma ilusão que vai sair cara aos portugueses. A indústria portuguesa
está sufocada por impostos, grande parte das empresas fechou as portas e o
poder de compra dos portugueses é cada vez menor. Quanto ao emprego, grande
parte da juventude emigrou, muitos empregos não passam de estágios não
remunerados, onde mal ganham para as despesas ou em que os formandos têm que
repor o que ganham, isto é, são empregos “faz de conta”. Muitos empregos são
precários, por serem contratos a termo certo ou porque são oportunidades que
surgem, apenas, na época balnear.
A sensação geral é de estagnação e
de ineficácia. Algumas notícias dão conta de que há hospitais e outros serviços
públicos com enormes dívidas a fornecedores. Há descontentamento, greves e
protestos em vários sectores de actividade. Os combustíveis sobem quase todas
as semanas e os impostos também sofreram aumentos tal como o IMI que vai
abranger quem estava isento e passamos a pagar imposto pela exposição solar.
O governo porta-se como um inquilino
que gasta o que tem na despensa, não paga a renda nem as contas da água, da luz
e do gás, come e dorme sem problemas e diz que está tudo bem. O pior vai ser
quando a despensa ficar sem nada e tiver que pagar as contas.
Não temos um primeiro ministro a
governar. Temos um especialista do disfarce que pretende enganar o povo até que
a maquilhagem se aguente. Depois desta macacada quem é que lhe vai apertar os
colarinhos a pedir responsabilidade? Ninguém. O mais certo é ir para casa cantando
e rindo a receber uma subvenção vitalícia e, um dia, ser condecorado pelos excelentes
serviços prestados à República.
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