A Assembleia da
República aprovou a nova lei da paridade
ou igualdade de género. Os deputados pretendem que as mulheres tenham acesso a
lugares de poder e de liderança na ordem do 40%. Defendem que as mulheres devem
ter as mesmas oportunidades que os homens e que esse facto não colide com a
competência e o mérito como critérios para o desempenho de cargos públicos.
Curiosamente, a
mesma Assembleia da República aprovou há uma semana as leis da identidade de
género e de mudança
de sexo a partir dos dezasseis anos sem necessidade de relatório médico.
Isto é uma
verdadeira aberracção. Quem podem garantir que os deputados ou outros titulares
de cargos públicos ou políticos são, verdadeiramente, homens ou mulheres, se
deixou de haver esta distinção e passa a existir o género? Quem pode garantir
que alguém que se veste como homem não seja afinal uma mulher? Quem pode garantir
que alguém que se veste como mulher não seja afinal nem homem nem mulher, mas
um género que possa a constar do longo catálogo dos diversos géneros que podem
ser assumidos livremente? Quem pode garantir que haja ainda o sexto sentido
apurado das mulheres, aquela intuição feminina que se quer valorizar na gestão
e na administração da coisa pública, se essas mulheres não forem mulheres verdadeiras
mas uma variação do género animal, supostamente humano? Que paridade se pode
defender entre homens, mulheres, homossexuais, lésbicas, bissexuais, transgénero,
hermafroditas, etc. etc.?
Os políticos não
têm mais nada que fazer, senão brincarem com o povo? Para cúmulo, os partidos que
aprovaram esta lei são aqueles que menos a cumprem, segundo os jornais.