terça-feira, 6 de outubro de 2015

Rescaldo das eleições - Outubro de 2015



Se a maioria dos portugueses não votou – a abstenção foi a maior de sempre e atingiu os 43,07% –, que legitimidade têm todos os políticos que foram eleitos para se sentarem em qualquer lugar de responsabilidade na gestão dos destinos do povo e do país? Feitas as contas o total de eleitores é de 9845655. Face a este número, os resultados até agora, são os seguintes: a coligação vencedora obteve uma percentagem de 21,03% com 2071376 votos. O PS obteve uma percentagem de 17,67% com 1740300 votos. O BE 0,05% com 549153 votos. O PCP e o seu satélite 0,04% com 444319 votos. O partido PAN obteve 74656 votos o que corresponde a 0,00% mais 7 milésimas. A representatividade das pessoas que vão governar o país é reduzidíssima e deviam ter o máximo cuidado em não arruinar o país mais do que já está.
Se a maioria dos políticos é incompetente, amadora e inexperiente, não tem ideias próprias e obedece aos interesses do partido, a certos lobbies ligados à economia, a ideologias, a sociedades secretas, etc., que benefícios se podem esperar desta gente para enfrentar os enormes desafios da governação? Se a maioria dos políticos, e dos partidos que representam, defendem ideias, valores e princípios que, se fossem aplicados numa família a levariam à ruína, como é que podem ter sucesso no país?
Se os portugueses não comparecem nas urnas, não sabem em que partido votar, decidem em função da onda dominante e do poder de manipulação, que democracia é esta? Uma democracia de fantochada e de faz de conta?
Se os partidos minoritários de “esquerda” declaram que vão inviabilizar uma solução governativa, pondo os seus próprios interesses à frente dos interesses do país, que cenário se pode esperar no futuro? Vamos andar a brincar às eleições?
A nível partidário, que bem é que o partido socialista pode dar ao país se defende uma ideologia parasitária e colectivista que só tem destruído a economia há mais de quarenta anos! Quantas vezes já tivemos que chamar o FMI, que caímos no pântano, que ficámos na bancarrota porque os portugueses deram o poder a este partido? Quando é que este partido, que se considera um baluarte da igualdade, da democracia e da liberdade e uma referência nacional, que tem figuras, pesos-pesados, que assumiram atitudes de prepotência, enriqueceram desmesuradamente e, ao fim de quarenta anos, o povo vive na miséria e vergado sob uma forte austeridade, quando é que o PS se reforma? Como é possível que ninguém, no partido, tenha tido conhecimento de alegados crimes graves de que é suspeito o ex-primeiro ministro que está em prisão preventiva há quase um ano, depois de terem vindo a público inúmeros casos em que teria estado envolvido e que colocaram em dúvida, na mente de muitos cidadãos, a isenção do poder judicial?
Para o PS a liberdade implica responsabilidade com consequências reais ou a liberdade não passa de um aventureirismo grátis, demagógico e ingénuo que permite que um militante se rebele contra um seu camarada em jeito: “tu não sabes liderar, eu quero assumir o poder porque faço melhor do que tu, eu é que sei” para depois fazer a triste figura que fez?

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