segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Alertas da hipocrisia progressista

O líder do principal partido da oposição lembrou-se de descer ao povoado para observar aquilo que já, há muito, está visto: “o interior está a morrer e é preciso tomar medidas para que isso não aconteça” – disse. É preciso sair de Lisboa, do conforto do gabinete, para constatar uma coisa destas?
Não é só o interior que está a morrer, é o país inteiro! Quem é que pôs o país a morrer, senhor líder do PS? Quem é que pôs a lei da morte por cima da lei da vida, em Portugal? O senhor já não se lembra? Quem é que aprovou a lei do aborto, em Portugal? Que razões tem o senhor, agora, para se queixar? Esse pretenso sinal de alerta e de revolta não passa de um estrondoso gesto de comovida ingenuidade e da mais vil hipocrisia. Aborto não é o mesmo que morte?
Se reparou, também, nas paisagens do nosso lindo, mas desgraçado país, os pinhais estão a morrer com o nemátodo. O aborto faz, precisamente, o mesmo efeito. Uma criança que não nasce não vai precisar da madeira de pinho para lhe fazer o berço, os móveis do quarto, da cozinha, da sala, etc., nem mesmo, das tábuas para o caixão! O aborto é como o nemátodo do pinheiro: mata tudo à volta.
Para quê construir túneis do Marão, estradas, auto estradas, manter fábricas abertas e serviços públicos? Para as moscas? Só para dar emprego aos que ainda não se reformaram ou não apanharam o nemátodo para serem cortados à vida?


Para a próxima vez não se queixe de que o país está a morrer, não atire as culpas para cima dos outros, faça um “mea culpa” e veja que o Partido Socialista é o principal responsável por esta calamidade. O nemátodo apareceu contra a nossa vontade, ninguém, que se saiba, introduziu tal peste nos nossos pinheiros e o governo, logo, tratou de pôr em prática medidas para a eliminar. Mas com o aborto tudo foi diferente: foi o governo, a entidade soberana do país que introduziu esta calamidade no meio de nós, de forma voluntária, deliberada e oficial. Não foi um criminoso, pela calada da noite. Foi o governo do Partido Socialista. Se o nemátodo tivesse sido introduzido por algum criminoso, o governo faria tudo para o prender e castigar. O nemátodo mata apenas árvores. O aborto mata pessoas que precisam das árvores, das casas, das fábricas, etc. se não houver pessoas, ninguém vai precisar das árvores, das casas, das fábricas, etc., porque o mais importante do mundo são as crianças, as pessoas, os seres humanos. Este é um crime muito maior do que matar apenas árvores e ninguém se lembrou de pôr os autores deste hediondo crime atrás das grades. E ainda o defenderam como um sinal de progressismo e de modernidade.
Toda a gente condenou o holocausto nazi do séc. XX associado ao ódio e à cruel matança dos inocentes. Hoje assistimos a um novo holocausto, a um novo ódio e a uma nova matança de inocentes, tudo aprovado “democrática e oficialmente” por novos “Hitlers”, mascarados de gente honesta. Senhor líder do Partido Socialista, não critique, não reclame, não se queixe, fique caladinho, não diga nada, porque se o país está a morrer – o que o senhor não quer aceitar – quem decretou a morte foi o governo do seu partido que o senhor apoiou e apoia, o senhor é co-responsável por isso. Se o aborto é o crime que está a matar o país não é difícil encontrar os culpados. Enquanto não for revogada esta lei que manda matar não é possível ter esperança num futuro melhor.

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