sábado, 24 de abril de 2010

Justiça/Corrupção?


Quem julga a Justiça?
Vivemos numa época negra e obscura a vários níveis, neste Portugal do início do século XXI. Politicamente, esta Democracia é uma farsa, a Justiça parece defender os criminosos, a economia, os poderosos, enquanto o povo, o cidadão comum é enxovalhado, desprezado e ofendido na sua honra e nos seus direitos. Se os representantes e os defensores máximos da Justiça pactuarem com a corrupção, a falsidade e o abuso de poder, quem nos poderá defender? Quem poderá julgar a Justiça? É possível confiar numa Justiça injusta, doente, viciada e duvidosa? É o mesmo que perguntar: quem pode prender a polícia se a própria polícia não existir? Quem pode mandar se não houver autoridade? Quem pode exercer o poder se o poder estiver completamente corrompido?
Se a Justiça não tiver capacidade para distinguir o que é crime do que não é e considerar que um donativo avultado ou um pagamento efectuado não tem relação directa com um alegado favorecimento, estaremos perante a mais pura desordem, arbitrariedade e anarquia, em que o Estado terá chegado ao seu grau de nulidade mais absurdo e só nos resta que cada um faça Justiça pelas próprias mãos. Este país é como um navio á deriva.
Se o poder político tiver as mãos imundas pela perversidade, a consciência conspurcada e suja pela prepotência e a honra aviltada e manchada pela indecência e pela falsidade, em quem podemos confiar? Se o médico estiver doente e inapto, o remédio adulterado e a epidemia a alastrar, quem terá o poder de curar?

1 comentário:

  1. Quando um tribunal superior entende que uma relação jurídica de um titular de um cargo de "NOMEAÇÃO DEFINITIVA" é mais ou menos a mesma coisa como ter uma relação jurídica pautada por um "CONTRATO A TEMPO INCERTO", apetece-me perguntar o que é que se ensina nas Faculdades de direito?

    Qualquer cabreiro (com todo o respeito pelos cabreiros) sabe ver a diferença, mesmo sem ser parte interessada.
    Quanto mais se sentisse essa injustiça do Estado!

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