segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Avaliação dos professores

Problemas de avaliação

Refere o Regulamento Interno de qualquer escola que os intervenientes no processo educativo abrangem uma série de protagonistas tais como: professores e pessoal não docente, pais e encarregados de educação e as respectivas associações, as organizações económicas, culturais e científicas da região e, claro, os próprios alunos.

Por outro lado, sabemos que existe a chamada escola paralela (os meios de comunicação social, o poder político e toda a comunidade envolvente com hábitos, costumes e padrões de comportamento) que intervém, fortemente, na vida particular dos alunos, funcionando como agente educativo de grande importância.


De entre todos estes intervenientes na educação e no ensino haverá, com certeza, uns mais importantes do que outros.
Vamos referir, apenas, alguns: Os pais e encarregados de educação. Toda a gente sabe que o ambiente familiar exerce uma forte influência no comportamento e aproveitamento de qualquer aluno: o nível de escolaridade dos pais, o nível económico, a harmonia e a estabilidade entre o pai e a mãe, etc. Assim, as dificuldades económicas, a falta de afectividade, a falta de apoio, a ausência, por divórcio ou separação, do pai ou da mãe produzem um efeito extremamente negativo no desempenho escolar de qualquer criança ou adolescente. Não é preciso consultar psicólogos ou sociólogos para chegar a estas conclusões.
O número dois do Artigo 11.º do Decreto Regulamentar n.º 2/2008 de 10 de Janeiro, documento que regula a avaliação do desempenho dos professores afirma textualmente o seguinte: “O docente tem direito a que lhe sejam garantidos os meios e condições necessários ao seu desempenho, em harmonia com os objectivos que tenha acordado”.
Toda a gente compreende que os meios de comunicação social, principalmente a televisão e a internet exercem uma grande influência no comportamento dos alunos. Eles entram pela casa dentro com meios muito mais poderosos do que os da Escola. Que recursos tem um professor para competir com a força persuasiva da televisão?
Ora, se um professor for excelente em toda a sua competência como é que pode ter êxito no seu trabalho e desempenho profissional se tiver condições viciadas à partida? Como é que o Ministério da Educação pode atirar toda a responsabilidade do sucesso educativo dos alunos para cima dos professores se o seu trabalho é, em grande parte, destruído ou anulado pela acção de todos os outros intervenientes?

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