Os candidatos à liderança do PS
caracterizam-se claramente desta forma:
Costa é o político do sistema, da
manutenção dos privilégios e das mordomias dos grandes senhores que se
apoderaram do poder com base em promessas de bem estar, de progresso e de
liberdade que não passam, na prática de puras ilusões porque nada muda na vida
do cidadão comum. As diferenças e as desigualdades mantêm-se e aprofundam-se
cada vez mais. Costa é o representante dos políticos do sistema que combate os
lobbies, os monopólios, os capitalistas exploradores mas, na prática vivem e
alimentam-se desses grandes grupos económicos com os quais estabelecem fortes
relações de promiscuidade encapotada. Basta ver quantos ex-dirigentes políticos
passaram a exercer as funções de grandes gestores de empresas com as quais,
antes fizeram grandes contratos com o Estado e os apoiaram nas suas campanhas
eleitorais. Costa é o defensor do político que fala em nome do partido, do
grupo, do colectivo, da massa anónima, da grande agitação de bandeiras em
plateias coloridas para dar a impressão de que é o mais competente e o mais
querido. É o símbolo da política dos casos e dos escândalos que nunca são
resolvidos, sobre os quais se levantam inquéritos que nunca concluem nada
porque nunca se encontram culpados, porque os culpados não têm rosto, são o
partido, as massas, o colectivo, a maralha. Costa é a imagem do filho mais
velho, obediente, que sempre foi o privilegiado da família, que foi sempre o
motorista do chefe que cada vez mais sente a revolta popular a desmoronar o
império com pés de barro.
Seguro é o filho mais novo, ferido
no seu orgulho, que reclama o direito a conduzir o velho carro do pai porque já
tem carta de condução e nunca pegou no carro nem sequer para sair à noite.
Reclama e exige fidelidade num
partido onde reina o oportunismo e o jogo do poder em nome da falsidade e da
promessa fácil.
Seguro defende os mesmos princípios
do mesmo partido que esconde a verdade, que acusou o adversário de traição mas
não o acusou de ser conivente com as políticas de desastre financeiro que
colocaram o país na bancarrota, quando todos puseram o rabinho entre as pernas
e o seu chefe de então, vencido, foi estudar para Paris.
Costa e Seguro pertencem ao mesmo partido que é o paradigma
da ditadura partidária que põe os interesses do partido à frente dos interesses
do povo, que se preocupa mais em financiar as actividades partidárias do que
matar a fome aos pobres e desempregados. Ambos defendem um partido cujos
valores mais altos são o partido, cujo objectivo é sustentar os seus correligionários
e pôr o país ao serviço do partido.
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