quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Primárias? – Secundárias! Secundaríssimas!



A alegada declaração de Margarete Thatcher de que “O Socialismo acaba quando se acabar o dinheiro no bolso dos outros” assenta que nem uma luva na realidade política e económica portuguesa da actualidade, fortemente marcada pelas políticas socialistas.

O Partido Socialista está à deriva como um barco sem rumo, no meio do mar. O barco socialista só funciona quando se pode abastecer no cais do capitalismo produtivo, do trabalho sério e honesto, do humanismo moral, da ordem, do rigor e da justiça. O barco socialista, que em tempos foi um navio cheio de gente é agora uma carcaça velha, rota, sem combustível, onde só os ratos aproveitam os restos das reservas acumuladas em tempo de prosperidade consumista.

Que novidades podem trazer estes dois supostos candidatos a governar um país? Ninguém percebe que o país está a morrer, que a natalidade está num nível mais baixo das últimas décadas e que a corrupção mina a estrutura social e económica, que a justiça deixa passar os casos mais graves que afectam as finanças públicas, etc.

Que salvação podem trazer estas duas personagens ingénuas que se digladiam pelo poder, que fazem promessas, que se afirmam um melhor do que o outro, se foi o seu próprio partido que destruiu o país, facto que agora atribuem ao actual governo? (Fique bem claro que eu não apoio este ou o anterior governo) Agem como se o povo tivesse memória curta e muitas vezes tem. Porque é que o PS perdeu as eleições depois da queda de José Sócrates? Porque é que estamos cheios de dívidas até aos cabelos? Porque é que a natalidade desceu aos níveis mais baixos de sempre? Porque é que António Costa não apareceu depois de Sócrates cair? O que vale uma promessa na boca de um socialista? O outro prometeu 150 mil empregos, progressismo, desenvolvimento da economia com a construção de estradas e autoestradas e vias rápidas, construção e requalificação de escolas, etc. Qual foi o resultado? Desemprego, encerramento de empresas, despedimentos, pobreza, aumento da emigração, introdução de portagens nas SCUTS, autoestradas às moscas, encerramento de milhares de escolas, aumento de impostos, encerramento de hospitais e Centros de Saúde, de postos da GNR e PSP, dos tribunais, etc.

A ingenuidade destes políticos é tal (não defendo Costa nem Seguro) que julgam que basta exigir o que está escrito na Constituição para que tudo corra às mil maravilhas. É como prometer que nos seus governos bastará lançar um decreto para que haja sol na eira e chuva no nabal e por isso as pensões serão repostas, não haverá aumento de impostos, etc.

Chamam-lhes eleições primárias, mas deveriam chamar-lhes secundárias ou melhor, secundaríssimas. Ninguém espere nada de bom para o futuro deste país do partido Socialista. Já nos levou à ruina e por isso os partidos socialistas estão a desaparecer da face da terra.

Há um aspecto de que ninguém fala. Esse sim parece-me, primariamente, escandaloso. Se qualquer cidadão faz contas, quando precisa de fazer uma viagem um pouco mais longa, às despesas de portagens, combustível, alimentação, etc. Quanto dinheiro terá gasto o Partido Socialista desde que foram anunciadas estas eleições internas? Quantos quilómetros foram percorridos por estes dois candidatos? Quem é que paga todas estas despesas? Que dirão os pobres deste país, os desempregados, os reformados, pensionistas e as crianças que passam fome, do dinheiro esbanjado ao longo deste tempo de campanha, para depois dar tudo em nada?

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