A alegada declaração de Margarete
Thatcher de que “O Socialismo acaba quando se acabar o dinheiro no bolso dos
outros” assenta que nem uma luva na realidade política e económica portuguesa
da actualidade, fortemente marcada pelas políticas socialistas.
O Partido Socialista está à deriva
como um barco sem rumo, no meio do mar. O barco socialista só funciona quando
se pode abastecer no cais do capitalismo produtivo, do trabalho sério e
honesto, do humanismo moral, da ordem, do rigor e da justiça. O barco
socialista, que em tempos foi um navio cheio de gente é agora uma carcaça
velha, rota, sem combustível, onde só os ratos aproveitam os restos das
reservas acumuladas em tempo de prosperidade consumista.
Que novidades podem trazer estes
dois supostos candidatos a governar um país? Ninguém percebe que o país está a
morrer, que a natalidade está num nível mais baixo das últimas décadas e que a
corrupção mina a estrutura social e económica, que a justiça deixa passar os
casos mais graves que afectam as finanças públicas, etc.
Que salvação podem trazer estas duas
personagens ingénuas que se digladiam pelo poder, que fazem promessas, que se
afirmam um melhor do que o outro, se foi o seu próprio partido que destruiu o
país, facto que agora atribuem ao actual governo? (Fique bem claro que eu não
apoio este ou o anterior governo) Agem como se o povo tivesse memória curta e
muitas vezes tem. Porque é que o PS perdeu as eleições depois da queda de José Sócrates?
Porque é que estamos cheios de dívidas até aos cabelos? Porque é que a natalidade
desceu aos níveis mais baixos de sempre? Porque é que António Costa não
apareceu depois de Sócrates cair? O que vale uma promessa na boca de um socialista?
O outro prometeu 150 mil empregos, progressismo, desenvolvimento da economia
com a construção de estradas e autoestradas e vias rápidas, construção e
requalificação de escolas, etc. Qual foi o resultado? Desemprego, encerramento
de empresas, despedimentos, pobreza, aumento da emigração, introdução de portagens
nas SCUTS, autoestradas às moscas, encerramento de milhares de escolas, aumento
de impostos, encerramento de hospitais e Centros de Saúde, de postos da GNR e
PSP, dos tribunais, etc.
A ingenuidade destes políticos é tal
(não defendo Costa nem Seguro) que julgam que basta exigir o que está escrito
na Constituição para que tudo corra às mil maravilhas. É como prometer que nos
seus governos bastará lançar um decreto para que haja sol na eira e chuva no
nabal e por isso as pensões serão repostas, não haverá aumento de impostos,
etc.
Chamam-lhes eleições primárias, mas
deveriam chamar-lhes secundárias ou melhor, secundaríssimas. Ninguém espere
nada de bom para o futuro deste país do partido Socialista. Já nos levou à
ruina e por isso os partidos socialistas estão a desaparecer da face da terra.
Há um aspecto de que ninguém fala. Esse
sim parece-me, primariamente, escandaloso. Se qualquer cidadão faz contas,
quando precisa de fazer uma viagem um pouco mais longa, às despesas de
portagens, combustível, alimentação, etc. Quanto dinheiro terá gasto o Partido
Socialista desde que foram anunciadas estas eleições internas? Quantos quilómetros
foram percorridos por estes dois candidatos? Quem é que paga todas estas
despesas? Que dirão os pobres deste país, os desempregados, os reformados,
pensionistas e as crianças que passam fome, do dinheiro esbanjado ao longo
deste tempo de campanha, para depois dar tudo em nada?
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