segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Manifestação dos professores

















A indignação dos professores
Contra este modelo de avaliação


Lamentamos ter que vir
Para a rua outra vez,
Protestar para intervir
Em favor da sensatez;

Esta grande manifestação
É a prova mais evidente
Que em matéria de avaliação
O governo engana a gente.

Este governo engana o povo,
Não engana os professores;
Quer criar um país novo
Com a ruína dos valores;

Queremos dar uma lição
E ao governo demonstrar
Que em matéria de avaliação
Não nos deixamos enganar.

O sistema de avaliação
É uma barreira burocrática,
Que só vê na educação
Economia e matemática.

Queremos justiça e coerência
No sistema de avaliação
Com critérios de excelência
Para o bem da educação.

Rejeitamos a falsidade
Dos critérios de divisão
Que colocam desigualdade
Dentro do mesmo escalão.

O padrão de titular
É injusta categoria;
Não pretende premiar
Quem tem mais sabedoria.

A ministra é repetente
Em provas de indignação
E por ser tão renitente
Aqui está segunda lição.

Vimos mostrar ao governo
Que o sistema é uma farsa;
Q'remos um país moderno
Livre de toda a trapaça.

Que nos deixem trabalhar
E cumprir nossa missão,
De educar e ensinar
Com total dedicação.

Os “profes” estão dispostos
A lutar com prontidão,
Já se nota nos seus rostos
Forte revolta e indignação.

Os “profes” vão demitir
Esta ministra da educação;
Ela tem mesmo que sair
Não há outra solução.

Sente a guarda do esquadrão
Mas não está muito segura;
Temos a força da razão,
Não a força bruta e dura.

Esta ministra é teimosa,
Não dá o braço a torcer;
Sentirá a boca amargosa,
Amanhã, quando perder.

Esta forte teimosia,
Em mudar a avaliação,
Prova só que é doentia
E perdeu toda a razão.

Se a ministra só se servisse
De um dos dedos de testa,
Talvez ela concluísse
Que não viemos para uma festa.

Os objectivos individuais
De toda a prática docente
São comuns e são iguais
De norte a sul para toda a gente.

O sucesso educativo
É objectivo fundamental,
Não de um só, em exclusivo,
Mas de todos, em geral.

Para que vamos preencher
As mil grelhas, afinal,
Se o trabalho que se fizer,
É para todos, por igual?

O patrão, em desespero,
Está perdido com a finança;
Por isso, grita: "Eu só quero
Que me livrem desta dança!"


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