quinta-feira, 21 de março de 2019

Limpar ou vender? Que conversa é esta? Que liberdade?


Quem não puder ou não quiser gerir a sua propriedade tem que a vender? Que liberdade é esta?
Agora quem não puder limpar, cuidar ou gerir a sua propriedade será obrigado a vendê-la? Que conversa é esta? Que ditadura é esta?
Vivemos num Estado dominado pela anarquia parlamentar, uma classe política oportunista, inútil e incompetente, que só existe para sobrecarregar o povo com impostos e taxas. Agora, este poder sem poder quer obrigar o pequeno proprietário, esmagado pelos parasitas, a livrar-se daquilo que é seu por não haver governo que promova a justa distribuição da riqueza de modo a que todos possam gerir os seus bens?
Quem é que não sabe nem pode gerir aquilo que é seu, é o povo ou toda a classe política que tem passado pela cadeira do poder, que já levou o país à bancarrota várias vezes e vendeu as nossas melhores e maiores empresas ao capital estrangeiro? Este regime que já vendeu o país aos chineses e a outras potências económicas quer agora que o povo fique sem nada e dê o que lhe resta a outros capitalistas estrangeiros que tragam vistos gold, que ninguém conhece de lado nenhum, para explorar e escravizar o povo?
Este regime perverso em que vivemos em vez de prender os criminosos que todos os anos lançam fogo ao país volta-se para o povo como culpado se não limpar um terreno que só arde se lhe deitarem o fogo?
É para acabar com os fogos florestais? Se grande parte dos incêndios do Verão são de origem criminosa, por que não dar prioridade ao combate ao crime incendiário? Por que não investigar e identificar, primeiro, com rigor os criminosos para garantir o país livre de incêndios?
A prioridade deve ser acabar com o crime incendiário e em segundo lugar investir no combate aos incêndios. Se não houver fogo não será preciso apagá-lo.
Questão 1: Porque é que é preciso e urgente gerir a propriedade para evitar incêndios?
Resposta: Porque o país rural está abandonado há décadas. Quais as causas?
1 – Uma primeira causa foram as políticas erradas oriundas da CEE/UE que nos obrigaram a abandonar os campos e as florestas.
Nem toda a gente se lembra. Uma das condições para a adesão de Portugal à CEE foi o abandono geral da agricultura, da pesca, da pecuária, etc. Os princípios fundadores da CEE/UE aplicaram quotas ao fabrico de armas para evitar mais guerras quando foi criada a Comunidade Económica do Carvão e do Aço porque a prioridade era a paz na Europa. Quando, mais tarde, em 1986, Portugal entrou na CEE foram impostas quotas à pesca, à agricultura, à pecuária, etc. ora, estes produtos económicos não são armas e por isso foram uma forma de empobrecer e prejudicar a nossa economia e a liberdade de trabalhar em áreas que sempre contribuíram para o aproveitamento da terra e para o equilíbrio e bem-estar do povo português. Nada justifica que se proíba o povo de produzir o seu sustento de forma honesta. O excesso de produção nunca pode ser um mal, o que se exige é gente capaz de criar soluções para o escoamento de produtos e para manter as empresas. As guerras económicas e de preços não podem ser resolvidas com o prejuízo de uns países em benefício de outros. Caso contrário continua a haver um clima de guerra e deixa de haver uma comunidade de países.
Se liberalizarmos a agricultura, a pecuária e outras actividades ligadas ao campo muitos dos problemas com a limpeza e gestão da propriedade desaparecerão. É preciso e urgente voltar à terra. Hoje é possível desenvolver uma agricultura de minifúndio sem recurso aos bois e à enxada. Há muita tecnologia ao dispor de quem queira lavrar e cuidar de um campo. Só assim os campos deixarão de ficar abandonados. Não se justifica a proibição de produzir sabendo que os produtos de origem biológica e de agricultura caseira são de muito melhor qualidade do que a produção em latifúndio.
2 – Uma segunda causa do abandono das terras foram as políticas erradas de gestão danosa da nossa economia e a corrupção, que já nos levaram à bancarrota mais do que uma vez, cujas maiores e melhores empresas fecharam ou foram vendidas ao capital estrangeiro, que obrigaram grande parte da nossa juventude (os cérebros mais qualificados) a emigrar e por isso deixaram as suas propriedades abandonadas.
Em conclusão:
1 – Se no passado, o Estado e o poder do Estado ordenaram o abandono da agricultura, é inaceitável que, agora, o poder político que governa o Estado obrigue quem quer que seja a vender as suas propriedades por estarem abandonadas e em perigo de serem consumidas pelas chamas.
2 – Por outro lado, a prioridade é o combate ao crime incendiário porque a maior parte dos incêndios tem origem criminosa. Os fogos não surgem por geração espontânea, de uma forma geral, e as florestas mesmo que não estejam limpas só ardem se alguém lhes lançar o fogo.

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