Quem não puder
ou não quiser gerir a
sua propriedade tem que a vender? Que liberdade é esta?
Agora quem não
puder limpar, cuidar ou gerir a sua propriedade será obrigado a vendê-la? Que
conversa é esta? Que ditadura é esta?
Vivemos num
Estado dominado pela anarquia parlamentar, uma classe política oportunista,
inútil e incompetente, que só existe para sobrecarregar o povo com impostos e
taxas. Agora, este poder sem poder quer obrigar o pequeno proprietário,
esmagado pelos parasitas, a livrar-se daquilo que é seu por não haver governo
que promova a justa distribuição da riqueza de modo a que todos possam gerir os
seus bens?
Quem é que não
sabe nem pode gerir aquilo que é seu, é o povo ou toda a classe política que
tem passado pela cadeira do poder, que já levou o país à bancarrota várias
vezes e vendeu as nossas melhores e maiores empresas ao capital estrangeiro?
Este regime que já vendeu o país aos chineses e a outras potências económicas
quer agora que o povo fique sem nada e dê o que lhe resta a outros capitalistas
estrangeiros que tragam vistos gold, que ninguém conhece de lado nenhum, para
explorar e escravizar o povo?
Este regime
perverso em que vivemos em vez de prender os criminosos que todos os anos
lançam fogo ao país volta-se para o povo como culpado se não limpar um terreno
que só arde se lhe deitarem o fogo?
É para acabar
com os fogos florestais? Se grande parte dos incêndios do Verão são de origem
criminosa, por que não dar prioridade ao combate ao crime incendiário? Por que
não investigar e identificar, primeiro, com rigor os criminosos para garantir o
país livre de incêndios?
A prioridade
deve ser acabar com o crime incendiário e em segundo lugar investir no combate
aos incêndios. Se não houver fogo não será preciso apagá-lo.
Questão 1: Porque
é que é preciso e urgente gerir a propriedade para evitar incêndios?
Resposta: Porque
o país rural está abandonado há décadas. Quais as causas?
1 – Uma primeira
causa foram as políticas erradas oriundas da CEE/UE que nos obrigaram a
abandonar os campos e as florestas.
Nem toda a gente
se lembra. Uma das condições para a adesão de Portugal à CEE foi o abandono
geral da agricultura, da pesca, da pecuária, etc. Os princípios fundadores da
CEE/UE aplicaram quotas ao fabrico de armas para evitar mais guerras quando foi
criada a Comunidade Económica do Carvão e do Aço porque a prioridade era a paz
na Europa. Quando, mais tarde, em 1986, Portugal entrou na CEE foram impostas
quotas à pesca, à agricultura, à pecuária, etc. ora, estes produtos económicos
não são armas e por isso foram uma forma de empobrecer e prejudicar a nossa
economia e a liberdade de trabalhar em áreas que sempre contribuíram para o
aproveitamento da terra e para o equilíbrio e bem-estar do povo português. Nada
justifica que se proíba o povo de produzir o seu sustento de forma honesta. O
excesso de produção nunca pode ser um mal, o que se exige é gente capaz de
criar soluções para o escoamento de produtos e para manter as empresas. As
guerras económicas e de preços não podem ser resolvidas com o prejuízo de uns
países em benefício de outros. Caso contrário continua a haver um clima de
guerra e deixa de haver uma comunidade de países.
Se
liberalizarmos a agricultura, a pecuária e outras actividades ligadas ao campo
muitos dos problemas com a limpeza e gestão da propriedade desaparecerão. É
preciso e urgente voltar à terra. Hoje é possível desenvolver uma agricultura
de minifúndio sem recurso aos bois e à enxada. Há muita tecnologia ao dispor de
quem queira lavrar e cuidar de um campo. Só assim os campos deixarão de ficar
abandonados. Não se justifica a proibição de produzir sabendo que os produtos
de origem biológica e de agricultura caseira são de muito melhor qualidade do
que a produção em latifúndio.
2 – Uma segunda
causa do abandono das terras foram as políticas erradas de gestão danosa da nossa
economia e a corrupção, que já nos levaram à bancarrota mais do que uma vez,
cujas maiores e melhores empresas fecharam ou foram vendidas ao capital
estrangeiro, que obrigaram grande parte da nossa juventude (os cérebros mais
qualificados) a emigrar e por isso deixaram as suas propriedades abandonadas.
Em conclusão:
1 – Se no
passado, o Estado e o poder do Estado ordenaram o abandono da agricultura, é
inaceitável que, agora, o poder político que governa o Estado obrigue quem quer
que seja a vender as suas propriedades por estarem abandonadas e em perigo de serem
consumidas pelas chamas.
2 – Por outro
lado, a prioridade é o combate ao crime incendiário porque a maior parte dos
incêndios tem origem criminosa. Os fogos não surgem por geração espontânea, de
uma forma geral, e as florestas mesmo que não estejam limpas só ardem se alguém
lhes lançar o fogo.
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