A crise dos bancos
Não queremos voltar às cavernas. Não
queremos voltar à selva. Mas hoje, o sistema bancário e a economia, em geral,
são uma autêntica selva.
Na realidade, um banco é como um
grande celeiro de milho onde se fazem pequenos e grandes depósitos das
colheitas dos seus associados ou dos seus clientes. Todo o milho acumulado
representa o trabalho de muitos dias, meses ou anos desde a lavoura, à
sementeira, à rega, até à colheita. A semente não fica ali, parada. Uma parte é
transformada em pão que dá sustento à vida, outra parte será lançada à terra
para novas colheitas. Quando o valor da colheita supera as despesas haverá
superavit, caso contrário o agricultor não ganhou nada com o trabalho de uma
época.
O problema dos bancos, a falência e
a sua falta de liquidez deve-se ao facto de que o celeiro está quase sempre
vazio. Hoje, a economia não reflecte a verdadeira realidade económica das
sociedades. A grande capacidade de produzir riqueza não corresponde a grandes
colheitas capazes de matar a fome a toda a gente. Os celeiros dos bancos são
muitas vezes desviados para offshore, para bolsas onde se consome
desonestamente o milho produzido nas economias reais. Vivemos numa economia
especulativa que manipula e adultera as regras e os direitos de quem realmente
detém e usufrui dos proveitos, na hora da colheita.
Muitas vezes, numa economia em
recessão, o milho dos celeiros dos bancos é semeado em terra estéril. A semente
morre e depois o povo é que tem que capitalizar esses celeiros vazios porque a
semente não produziu riqueza. Não há gestores que façam milagres quando a
semente morre na terra estéril, na corrupção e na vilanagem.
Hoje é preciso que os políticos e os
gestores bancários aprendam as técnicas fundamentais da agricultura para que a
semente depositada nos celeiros dos bancos produza e dê colheitas abundantes.
Só assim poderemos acabar com a crise dos bancos e deixar de sacrificar o povo
com resgates multimilionários e impostos injustos e absurdos.
É também por isso que temos que
fazer uma guerra total ao IMI. Temos o direito de viver na nossa própria terra.
Sem comentários:
Enviar um comentário