segunda-feira, 2 de julho de 2012

A prepotência das greves

Nesta pseudodemocracia em que vivemos as greves já não servem para reivindicar melhores salários, para protestar contra a exploração, a prepotência e abuso de poder da entidade patronal. Hoje a greve da CP em dias feriados é um autêntico atentado contra os direitos da maioria do povo português, contra as classes mais desfavorecidas que não têm outra alternativa senão os transportes públicos. A greve da CP é um autêntico abuso de poder e uma inaceitável prepotência de uma classe que trabalha, que tem emprego, mas não está para sofrer, para se sacrificar, para suportar a austeridade, como os funcionários públicos a quem foram retirados os subsídios de férias e de Natal e a quem cortaram no vencimento. Se a Constituição define o Estado Português como uma sociedade solidária, isso não é verdade em relação a esta classe que, alegadamente, presta um serviço público, mas na realidade o serviço que estão a prestar, como trabalhadores e cidadãos deste país é um mero serviço privado. Os interesses que comandam a sua luta e a sua acção são apenas e só os seus próprios interesses. Como são trabalhadores de uma empresa pública, quem lhes paga é o povo com o dinheiro dos impostos e o seu dever seria servir bem o povo, estar ao seu serviço e não o contrário, servirem-se dele, prejudicando-o. O povo é a entidade patronal que eles querem chantagear. Para que serve uma empresa de transportes se o povo não se pode servir dela quando precisa? Para que serve uma empresa que só dá prejuízo, não presta o serviço que deveria prestar e só existe para satisfazer os privilégios de quem lá trabalha? Não seria preferível fechá-la de uma vez, visto que o povo nada beneficia, mas pelo contrário, só tem prejuízo de milhões todos os meses?

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