sábado, 24 de dezembro de 2011

Greve ao Natal?

Terrorismo sindical?
Enquanto a tradição manda que se dêem as boas festas, se deseje um Bom Natal e um Feliz Ano Novo, os maquinistas da Companhia de Caminhos de Ferro portugueses decretaram uma greve ao Natal. Dá a impressão de que o que desejam a todos os passageiros e a todos os portugueses é que tenham um mau Natal e um Novo Ano de 2012 cheio de desgraças. Nesta quadra em que devia imperar a solidariedade e a fraternidade manda o egoísmo e a prepotência. Não sei exactamente qual é o problema laboral que está em causa, mas parece ser antes um de ordem disciplinar. Sabemos que a indisciplina é antes de mais uma atitude de intolerância e de falta de civismo que põe em causa a ordem pública e a harmonia social. Numa sociedade democrática e num Estado de Direito ninguém está acima da lei, as leis devem ser respeitadas e cumpridas e não me parece que a greve seja a solução mais adequada para estas situações. Quem são as pessoas mais prejudicadas com esta greve? São os ricos que se deslocam em automóveis luxuosos ou são os pobres, mais pobres do que os próprios maquinistas que não têm outro meio de transporte? Num tempo de crise, de carência e de fome faz sentido uma greve desta natureza? Que sentido de solidariedade prestam os maquinistas com o seu serviço público? Não parece mais um serviço privado e egoísta? Também há dois mil anos não deixou de haver Natal apesar das adversidades e hoje, apesar deste terrorismo sindical, haverá Natal porque a vida tem sempre prioridade. Uma greve ao Natal é a pior das prendas que um ser humano pode esperar. Se um sindicato dos maquinistas decreta greve à esperança e à vida nova que desponta no Natal eu gostaria de ver o que faria quando a morte se anunciar.
Viva o Natal! Viva a esperança de um futuro melhor que nunca se alcança com greve ao Natal.
A todos os portugueses eu desejo um Bom Natal e um Próspero Ano Novo de 2012.

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