terça-feira, 11 de outubro de 2011

A ditadura da dívida

Eleições na Madeira
Parece mais que evidente que, se as leis fossem cumpridas (todos somos iguais perante a lei), o Sr. Alberto João já devia estar preso há muito tempo. Toda a gente já terá concluído que estas maiorias absolutas conquistadas ao longo de tantas eleições consolidaram a prepotência e o abuso de poder que são a causa e a consequência da intolerância e do autoritarismo em que se tornou o regime que governa a chamada “pérola do atlântico”.
Pelas notícias que recebemos, a ideia que formamos acerca deste regime é de uma espécie de democracia, um simulacro de Estado de Direito, alheio a todo o tipo de regras, de princípios e de leis, incluindo a lei fundamental de um Estado de Direito. Se se faz obra sem haver dinheiro só para agradar ao povo e fazer inaugurações em tempo de campanha, ou marinas para ficarem vazias e destruídas pelo mar, piscinas sem utentes onde se gastaram milhões de euros, onde está a sociedade solidária de que fala a Constituição no artigo primeiro? Se a Madeira já é uma pérola porque é que ainda temos que dar o ouro ao “bandido”? Os dedos sem anéis da maioria dos portugueses acusam esta enorme injustiça, esta ditadura da dívida de quem vive no luxo e na ostentação, irresponsavelmente.
A ditadura da dívida sobrepôs-se à alegada defesa dos direitos do povo madeirense. Esta ditadura é uma nova forma de fascismo que arruína a totalidade do Estado. Quem é que pode justificar um tratamento desigual mas superior na defesa da igualdade democrática? Que privilégios têm os madeirenses a mais do que qualquer cidadão deste país?
Não podemos tolerar a prepotência e o abuso do poder qualquer que ele seja e muito menos quando são exercidos sob a capa da legalidade e da democracia.

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